Um cara chamado Alora Hardy decidu largar uma carreira de sucesso no mundo da moda em Nova Iorque para juntar-se aos pais neste grande projeto (Ibuku) que é a construção de casas sustentáveis, feitas inteiramente de bambu, algo que a mesma afirma vir revolucionar o mundo da construção pelas características únicas do material que, surpreendentemente, conta como uma erva e não como madeira.
John e Cynthia Hardy, pais de Alora, fundaram em Bali a Green School e foi por se sentir inspirada por estes, e pelo seu trabalho que mudou de continente e de vida. A Green School é uma escola primária onde são ensinadas às crianças a responsabilidade e sustentabilidade a nível local e global. Teve tanto sucesso que serviu de plataforma para a construção de Green Business, sítio onde é ensinado e feito por adultos mobília em bamboo e que serve para decorar os edifícios também eles construídos inteiramente deste material, fazendo parte da apelidada Green Village.
É juntamente com o conjunto de artesãos, arquitetos e designers que compõem a Ibuku (Mãe Terra) que Alora trabalha, fazendo reverter parte das receitas para este projeto iniciado pelos seus pais.
O bamboo apresenta uma série de vantagens à construção neste país asiático não só por ser mais barato, mas porque “cresce à nossa volta, é forte, é elegante, resistente a terramotos” tal como afirma Alora à TED. Tem a força de compressão do cimento e a relação resistência-peso do aço para além de que cresce extremamente rápido.
Segundo dados estatísticos oferecidos por Alora, o bamboo cresce 1 metro numa semana pelo que uma plantação é sustentável no final de 3 anos. Outro dado irrefutável da qualidade desta alternativa ecológica, é que em 5 anos, a Ibuku já construiu 50 estruturas, combatendo não só os desafios arquitetónicos como o facto de o bamboo não ter um comportamento regular, mas também fatores ambientais como os danos causados pelos insetos, que são combatidos através da aplicação de uma camada protetora.
Jonathan Silva