Nesse artigo vamos falar sobre a melhor sobre próteses para as pernas feitas em madeira desenvolvidas por estudantes brasileiros, que pensaram de como a madeira por ser leve e barata pode ajudar as pessoas a terem uma vida melhor. Clique para prosseguir a leitura.

O primeiro protótipo de uma prótese para as pernas feita em madeira laminada e colada foi apresentado, nesta terça-feira (16), em Manaus. O modelo de prótese de madeira propõe uma prótese versátil mais confortável para pacientes com membros amputados.
Segundo a coordenadora do projeto, a engenheira mecânica Marlene Araújo, o membro artificial tem uma durabilidade que é equivalente a uma natural e possui um custo 90% menor às próteses de fibra de carbono, consideradas as mais modernas no ramo atualmente. As diversas madeiras da Amazônia são utilizadas na fabricação da prótese, que foi desenvolvida em estudo da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Ainda segundo Marlene, o projeto de prótese teve seu início há quase dez anos antes, e a primeira fase do projeto foi 100% de origem científica. “A primeira fase foi de dimensionamento da prótese, que envolve a definição do material composto, que foi madeira laminada e colada, e além de ensaios com carga estática e cíclica para ver como a prótese se comportava em diferentes situações”, explicou a pesquisadora.
Os mesmos testes foram feitos em algumas próteses feitas de fibra de carbono para a comparação com o aparelho sustentável, fazendo com que seja analisado os quesitos principais da prótese de madeira projetada, como marcha e conforto. Para o protótipo foram utilizadas madeiras das espécies Roxinho, Pau-D’arco e Cumaru, encontradas na região amazônica. “O critério que fora utilizado para a escolha dessas espécies foi a elasticidade das mesmas, o que então contribui para qualidade da marcha e no conforto também. Uma outra vantagem em usar madeiras da região da floresta amazônica é o fato de que no futuro (ainda próximo) essa prótese de madeira pode se tornar um produto nosso, gerando emprego e renda”, destacou Marlene.

A pesquisadora desse projeto de prótese de madeira declarou então estar satisfeita com o resultado que foi obtido até o momento, e falou da importância social do projeto. “Se caso você for pensar, atualmente apenas 3% dos pacientes que utilizam prótese tem acesso à fibra de carbono, um material até então caro ao bolso dos Brasileiros. Os outros 93% utilizam a prótese de pé rígido, sem muito mobilidade. Essa nova opção pode melhorar a qualidade de vida de muita gente”, disse.
O engenheiro mecânico, Paulo Alexandre Barbosa dos Santos, de 32 anos, foi quem apresentou o protótipo na universidade. Amputado há cerca de 13 anos, ele usa prótese há sete, mas só teve acesso à fibra de carbono há três anos mais tarde.

Jonathan Silva